sábado, 31 de dezembro de 2011

PALAVRAS FINAIS


Como já devem ter compreendido pelo título, este é o último texto que partilho convosco. Deixem-me, por isso mesmo, regressar à linguagem na qual me sinto mais à-vontade, pois os últimos textos foram penosos de escrever pela rigidez das palavras usadas. Das coisas que contei, no entanto, nada pretendi impor como absoluto, mas apenas lançar temas para reflexão. É que todos nós somos capazes de compreender o mundo em nós próprios, de interpretar a vida pelos nossos olhos num empenho que dê sentido a esse acto de existir. Embora o conhecimento possa ser transmitido, propagado pela palavra escrita de um livro, pela palavra falada de um mestre, a sabedoria, essa, é grande demais para comportar tais limitações. Não a podemos pedir emprestada e muito menos aprendê-la em escolas; ela é, e sempre será, o resultado da compreensão que fizermos do mundo. É por essa razão que não devemos subordinar o nosso pensamento ao pensamento dos outros sem uma reflexão que nos permita compreender esse mesmo pensamento, pois se o fizermos estaremos a hipotecar a nossa própria existência; a atalhar caminho para nos tornarmos joguetes em mãos alheias, pois quando não sabemos quem somos e o que queremos, outros encarregar-se-ão de o dizer por nós. E esse é o primeiro passo para o fundamentalismo, para a intolerância, para o fanatismo cego de quem tomou o mundo pela palavra de um outro e não pela sua própria palavra como resultado de uma compreensão que fosse sua. Não é por isso forçoso pertencer a uma religião, ter uma doutrina, fazer parte de uma ordem mística ou esotérica para que a sabedoria desperte em nós. Um ateu pode estar tão mais perto dessa realização que um crente. O importante é que nos propusemos nesse empenho, nesse caminhar para nós próprios como forma de nos darmos ao mundo. Hoje, mais do que nunca, devemos tentar solidificar uma identidade que nos permita, no futuro, navegar pela força dos nossos braços. É que estes são tempos muito importantes para a humanidade, não só pelas mudanças físicas que se avizinham, mas pela queda de muitos dos paradigmas do passado. Iremos assistir, estupefactos, ao emergir de uma verdade que julgávamos fruto da superstição; o resultado de mistificações, de crendices... no televisor de nossas casas iremos ser confrontados com provas, cada vez mais evidentes, da presença de seres extraterrestres entre nós. Iremos ouvir falar de descobertas arqueológicas sobre as civilizações do passado, acentuando a necessidade de comportar tais conhecimentos dentro dos limites de uma história que seja coerente, embora distante naquilo que sempre tivemos como verdadeiro. Tal como castelos feitos de areia iremos assistir à queda dos arquétipos onde esta civilização fundeou os seus alicerces, acentuando a confusão de quem, de um momento para outro, se verá sem terra por baixos dos pés, náufragos das ilusões cultivadas durante tanto tempo. Iremos assistir, também, ao ressurgir de uma nova espiritualidade; liberta de imposições, de dogmas, de máscaras feitas à imagem do homem para servir as suas conveniências. Uma espiritualidade que irá renovar a humanidade velha nos seus trajes; lançar uma lufada de ar fresco sobre as consciências dos homens, libertando-os de um longo cárcere de ilusões. E só então estaremos prontos para compreender o significado do verdadeiro amor. Um amor que não é património de uns quantos, mas de todos os homens que procurem em si a compreensão de tal gesto. Que o vejam como resultado do respirar de Deus; o oxigénio inalado pelos seus pulmões que depois de transportado pelo sangue chegará a cada célula, alimentando-a. Se ignorarmos esse alimento universal, ficaremos incapazes de cumprir todas as funções que nos estão destinadas dentro desse corpo Cósmico. Alimento, esse, que se recebe sem a necessidade de cupões, de inscrições, sem esperar que alguém nos diga que já podemos ter a nossa parte. Compreender esse amor, caros amigos, é abrir a nossa consciência para o mundo e para os outros, é aceitar cada pessoa como uma parte de nós próprios na partilha de um espaço que nos tem por irmãos. E isso é algo que está ao alcance de todos.
Aos mais cépticos gostaria de dizer que todos os caminhos são válidos desde que sejam trilhados em consciência. Nenhum é mais importante que o outro, já que cada um apenas reflecte a diversidade de uma existência feita de muitas experiências, de muitas histórias. Aquele que acredita em Deus não é mais nem menos que aquele que não acredita, mas apenas diferente nos caminhos tomados... é que a “santidade” não se mede pelas coisas em que acreditamos, mas por aquilo que somos. Um ateu pode, por isso mesmo, ser mais “santo” que um crente. O importante é que saibamos trilhar em consciência os caminhos que escolhemos, sejam estes os da razão ou os da fé, construindo de uma forma equilibrada uma identidade que nos permita interpretar o mundo em nós próprios, sejam quais forem os instrumentos usados nessa mesma compreensão.
Aos crentes, por seu lado, digo para não tomarem os caminhos dos outros como sendo piores que os seus. Aparentemente o trabalho dum missionário que dedicou toda a sua vida ao serviço da humanidade parece ser mais nobre que o trabalho de um agricultor, no entanto, se não existisse esse agricultor, o missionário morreria de fome por não haver quem cultivasse a terra. Para que o missionário possa cumprir a sua missão, é importante que os outros também cumpram a sua, porque se assim não fosse a humanidade ficaria privada da plenitude da sua existência. E como todos nós somos personagens de muitas histórias, então todas elas são igualmente importantes nesse caminhar pelo mundo. Que o aceitar das diferenças nos permita compreender que um dia também fomos ou iremos ser como eles, que julgá-los por essas diferenças é julgarmo-nos a nós próprios pelo facto de também sermos diferentes dos demais. Que deixemos de andar com um espelho na mão virado para o rosto dos outros tentando revelar as suas falhas e defeitos, para que o possamos virar para nós próprios e reconhecer no nosso rosto falhas e defeitos idênticos. Talvez essa atitude nos permita cultivar em nós a humildade de quem compreendeu que estamos muito longe da perfeição. Digo, também, para não se cristalizarem em dogmas que tantas vezes invalidam um empenho bem intencionado. Não é suficiente saber cada palavra de uma escritura sagrada, mas interpretá-las na compreensão de um gesto que faça dessas palavras terreno fértil para um despertar que nos permita compreender os verdadeiros propósitos de Deus. Dizer que se ama porque está escrito num qualquer livro, porque tal mestre assim o disse, de nada serve. Temos que transformar essa palavra num sentimento que nos permita expressar esse mesmo amor. Repetir rituais, dizer de memória as palavras de homens sábios, e depois não praticar essas mesmas palavras nos gestos, nas atitudes, na postura sincera e humilde diante dos homens, é ignorar os verdadeiros propósitos que estão por detrás dos ensinamentos que nos foram deixados. Que não façamos do conhecimento um fim a alcançar, mas sim um meio para construir uma sabedoria que nos permita olhar para além dos conceitos, das verdades instituídas, das frases que se repetem até à exaustão sem a devida compreensão daquilo que cada uma delas transporta por detrás dos seus adornos. Apenas esse entendimento nos poderá ajudar a construir as bases de uma existência que seja coerente com os princípios que dizemos seguir, mas cujo verdadeiro significado tantas vezes ignoramos. É por tudo isso que vos digo que amar os outros não é procurar recompensas e virtudes, não é subir ao palanque à espera de aplausos pelos esforços realizados, mas humildemente colocarmo-nos num mesmo patamar e de uma forma discreta partilhar com todos a alegria de quem soube reconhecer no rosto de cada homem o olhar de um irmão. Um olhar que não tem nome, que não tem cor, que não tem credo nem nacionalidade. Um olhar que é cristalino sem os contornos de um rosto de máscaras; puro na profundidade de um gesto que nos acolhe, que nos conforta. No olhar de cada pessoa poderemos encontrar a nossa própria identidade; observar o reflexo da nossa imagem que nos fala de dentro desse mesmo olhar, revelando-nos que lá bem fundo também estamos nós. Quando compreendermos isso, todas as máscaras cairão, todas as diferenças se esbaterão; credos e nacionalidades tornar-se-ão pequenos e insignificantes, já que em cada homem saberemos reconhecer uma parte de nós que é comum a todas as coisas. E só então poderemos interpretar com clareza essa linguagem universal que é o amor. Uma linguagem que não tem donos nem patronos, que não tem línguas nem dialectos, que não está subordinada a desejos ou paixões, que não se impõe a ninguém, despertando apenas na interioridade de cada um. É a linguagem que harmoniza todo o universo; a expressão máxima da vontade de Deus que nos inspira cada momento, cada reflexão, cada intuição feita sabedoria pelo reconhecimento desse murmúrio sem tempo nem lugar. É a ternura de um sorriso, a alegria de um gesto infinito, a sonoridade límpida de um sussurro silencioso mas tão expressivo quanto o maior dos gritos. Compreender essa linguagem, e aqui me despeço, é aceitar o todo na universalidade de cada parte, e cada parte na unidade de uma só consciência.
De Mim para todos Vós, meus Amigos, um Grande Abraço, que vivam com muita Paz, Harmonia e Amor.

sábado, 12 de março de 2011

Crónicas Semanais no Blog Nemo Dolphin

NO LIMIAR DE UM NOVO CICLO


Estamos hoje no limiar de um novo despertar para a humanidade; do ressurgir de uma consciência livre do materialismo do passado, profunda na sabedoria de um povo que irá finalmente descobrir a verdadeira identidade da sua essência. Uma humanidade liberta das amarras que fizeram desta escrava de um mundo cego de si mesmo, prostrada diante da sua própria ignorância, diante da ausência de uma memória infinita nas recordações de tantas outras existências. Iremos deixar os caminhos de uma adolescência rebelde; quebrar os laços que nos aprisionaram a religiões, filosofias, teorias e postulados, libertarmo-nos de adornos, de rituais, de fórmulas e equações, reconhecendo a verdade na essência de todas as coisas e não nas formas angulares do pensamento feito à imagem do homem para servir os seus interesses e conveniências; para justificar a sua própria irresponsabilidade. Entre nós temos aqueles que sempre compreenderam essa verdade. Eles são os filhos da terra, as tribos nativas de diferentes culturas que tanto nos têm para ensinar se soubermos cultivar a humildade daqueles que compreendem que a sabedoria não é património de uns quantos, mas de todos aqueles que souberem interpretar o mundo na simplicidade dos seus gestos. Vivemos numa civilização de grandes conhecimentos, mas de sabedoria escassa. Esses povos, pelo contrário, têm um conhecimento escasso das coisas que tomamos como importantes, mas grande é a sabedoria que manifestam na postura que têm para com o mundo. Como já nos dizia um dos chefes da tribo dos índios Hopis: “Se o homem branco parasse de tentar ensinar-nos o cristianismo e começasse a ouvir o que o Grande Espírito ensinou aos Hopis, tudo voltaria à harmonia com a natureza. Do jeito como as coisas estão, o homem branco está a destruir este país”.

Nos tempos de hoje, muitas são as culturas nativas que têm tentado alertar os povos do mundo para o que está para vir de catastrófico se o homem não mudar as suas condutas e comportamentos. Têm revelado muitas das suas tradições e profecias por compreenderem a importância dos tempos presentes para o futuro da humanidade. Muitos deles percorrem o mundo em conferências várias como forma de nos alertarem para os perigos que se avizinham se não nos renovarmos como raça. É a voz daqueles que falam do fundo do coração, que nada têm a ganhar sobre aquilo que anunciam, como muitos outros que comerciam este tipo assuntos, mas que de uma postura humilde e sincera querem simplesmente salvar o mundo. Em contrapartida, nós discutimos em cimeiras as percentagem, os números, os interesses e as conveniências, jogamos à roleta russa com uma arma repleta de balas em brincadeira tão inocentes quanto irresponsáveis, mas que caracterizam muito bem aqueles que sempre se consideraram como os povos civilizados, os instrutores do mundo e da humanidade. Uma civilização que nada fez de verdadeiramente importante para evitar uma catástrofe que, pela postura dessa mesma civilização, não terá mais volta. Aqueles que sempre considerámos como primitivos nos seus costumes, são exactamente os que tanto nos têm para ensinar, pois os ignorantes de sabedoria, embora cheios de conhecimentos, sempre fomos nós e não eles. Dizem-nos para vivermos como irmãos neste mundo, de uma forma simples e harmoniosa para com todas as coisas vivas, procurando nessa sintonia um caminho que nos resgate deste mundo que criámos. Que saibamos, pois, ouvir a voz desse irmão mais velho que tanto nos tem para ensinar. Mas primeiro, claro está, teremos que descer dos pedestais onde nos colocámos e humildemente reconhecer a arrogância das nossas atitudes e a ignorância dos nossos comportamentos.

As mensagens desses povos nativos são todas elas concordantes. Dizem que estamos a entrar num período de purificação e que iremos presenciar momentos de caos e destruição em todos os reinos da natureza. Dizem que estes são os tempos para que as raças se reúnam, para que as barreiras religiosas e de nacionalidade sejam derrubadas, no fundo, o momento certo para que os povos compreendam a unidade de todas as coisas. Dizem, também, que devemos reparar os danos feitos à natureza, a fonte de toda a vida, e que todas as coisas vivas estão imersas num só espírito. Tentam-nos alertar para os tempos difíceis que se aproximam assim como da chegada de grandes instrutores do passado que irão guiar a humanidade.

Mas debrucemo-nos sobre o que algumas dessas culturas nativas nos têm para dizer. E comecemos pelos Hopis, uma tribo índia que vive no planalto negro a norte do Arizona. Em 1948, os mais velhos da tribo aceitaram a tarefa de avisar o mundo acerca daquilo que as suas profecias relatavam. Apenas 44 anos depois, em 1992, é que conseguiram, finalmente, dirigir-se à assembleia das nações unidas. Um ano depois, uma nova conferência, chamada “A conferência do choro da terra”, reuniu os líderes de sete nações índias que revelaram, uma vez mais, as suas profecias. As profecias dos índios Hopis falam da devastação gradual dos processos naturais da Terra devido à interferência do homem. Referem, também, o retorno de Pahana, que eles consideram como sendo o seu verdadeiro irmão branco que os deixou em tempos passados prometendo regressar e que trará com ele “a madrugada da quinta era, plantando as sementes da sua sabedoria nos nossos corações”. Dizem que o quarto mundo está para terminar, iniciando-se o quinto.

Os aborígenes da Austrália, por sua vez, acreditam que os minerais são uma parte importante da grelha energética do planeta e por isso estão bastante preocupados com a extracção mineira que se faz nos tempos de hoje. Em 1975, os mais velhos reuniram-se em Canberra com o aviso de grandes cataclismos para o planeta como resultado da desordem provocada pelo homem. Disseram às pessoas para irem pelo mundo com a sua sabedoria; para se prepararem para um tempo futuro onde todos iriam regressar aos costumes do passado, juntando-se em volta de uma só nação.

Na América do sul, a tribo Kopi que vive na Serra Nevada de Santa Marta na Colômbia, é uma das poucas que conseguiu manter-se isolada da dita civilização, não tendo sido corrompida pelos seus costumes. Intitulam-se como “os irmãos mais velhos” e tentam avisar-nos que a terra está a morrer. Dizem-nos: “Quando a terra morrer todos morrerão com ela”.

Muitas das profecias Incas, por outro lado, sempre previram a chegada do homem branco. Dizem mesmo que, depois da sua chegada, iriam ter 500 anos de materialismo. Hoje, muitos dos sábios das várias tribos do Peru avisam-nos que este ciclo está para terminar e que a nova era irá “assinalar o retorno da luz ao planeta. Estes são os tempos do cumprimento de todas as profecias”. Alguns andam pelo mundo a ensinar algo de tão simples, mas ignorado por muitos: “A humanidade deve-se curar a ela própria. Regressemos à nossa verdadeira identidade, à essência daquilo que somos e que abandonámos quando procurámos pela felicidade noutros lugares que não em nós próprios”. Dizem-nos que não têm nenhum Cristo que lhes diga “sigam os meus passos”. Pelo contrário, ensinam-nos que devemos seguir os nossos próprios passos de uma forma responsável e equilibrada: “Que aprendamos com os rios, com as árvores, com as rochas. Que honremos o Cristo e todos os nossos irmãos deste planeta. Que honremos a Terra e o Grande Espírito. E por fim, que nos honremos a nós próprios e a toda a criação”. Dizem-nos, também, que o mundo está para terminar tal como o conhecemos, mas que no fim dessas mudanças catastróficas, um novo ciclo despertará, iniciando-se um milénio dourado na Terra. Depois devemos deixar de nos preocupar com aquilo que fomos no passado, para nos preocuparmos com aquilo que iremos ser no futuro.

Em todos estes testemunhos existe uma consistência nos propósitos e uma coerência nas atitudes, pois todos falam da necessidade de reconciliação entre as raças do mundo. Os povos nativos estão a abrir as portas das suas culturas às pessoas de todas as raças. Os mais velhos dizem-nos que a cada tribo foi atribuído um plano para ser cumprido e que estes são os tempos para curar o passado, apesar dos séculos de sofrimento e perseguições várias. É o momento certo para nos juntarmos e trabalharmos em harmonia como forma de reabilitar o planeta e iniciar uma era de paz. Esses povos, perseguidos durante tanto tempo, quase extintos pela prepotência de quem sempre se julgou superior, mostram-nos hoje o caminho para a verdadeira fraternidade entre os homens sem rancor algum pelo passado e de mão estendida para com todos os seus irmãos.

Estamos hoje no final de mais um ciclo planetário. Esses são os avisos que todas as tribos nativas nos têm para dar. Sei que para muitos é difícil aceitar tudo isto que vos conto, e daí não vem mal algum, no entanto, mesmo que não acreditem em tais coisas, algo não poderão ignorar: este é um mundo sem futuro tal como o conhecemos hoje. O planeta acabará por reagir de uma forma violenta contra a agressão de uma entidade que se tornou estranha a ele: todos nós. Somos células cancerosas num corpo que não quer morrer, e por isso mesmo iremos sofrer as consequências dessa força que tudo fará para se manter viva.

Depois das mudanças que se avizinham, a nova raça irá povoar um planeta renovado, dando corpo ao novo ciclo que se anuncia. Uma raça consciente da sua verdadeira identidade, o que fará do novo ciclo um ciclo de paz e harmonia. Dar-se-á então o encontro dos dois irmãos separados no passado. Os povos intraterrenos regressarão à superfície com a sua cultura, sabedoria e tecnologia, e juntos construirão as bases de um mundo verdadeiramente civilizado. Uma civilização que irá alcançar grandes feitos quando se tornar consciente do destino que a espera, pois um dia, tal como aqueles que nos criaram no passado, também esta se tornará criadora de povos neste e noutros sistemas solares, assumindo para si parte da responsabilidade que em tempos esteve nas mãos daqueles que nos acompanharam e educaram.

Termino com uma última profecia, esta pertencente aos Astecas:

Na era do sexto sol tudo o que estará escondido será revelado. A verdade irá ser a semente da terra, e os filhos do sexto sol serão aqueles que viajarão pelas estrelas

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

OM

Isto é uma citação de algo dito por uma Amiga no seu perfil duma das redes sociais existentes na net:

Om é a vibração primordial, o som do qual emana o Universo. É o gérmen, a raiz de todos os sons da natureza. "Com Om vamos até o fim o silêncio de Brahman (o Absoluto). O fim é imortalidade, união e paz. Tal como uma aranha alcança a liberdade do espaço por meio de seu fio, assim também o homem em contemplação alcança a liberdade por meio do Om."

Concordo inteiramente e ainda acrescento:

Se OM é o som emanado pelo Universo, na sua origem está o Amor, pois este é a força motriz de todo o Universo...

Muita Luz e Amor para todos, e agradeço por nos iluminarem com a luz da vossa presença.

Celestino Serrão

Crónicas Semanais no Blog Nemo Dolphin

ATLÂNTIDA


Muitos foram os livros que se escreveram sobre esse lugar lendário, contanto tantas histórias quantos os escritores e os investigadores que se debruçaram sobre o assunto. Desde Platão que no seu livro de Timeo disse: "Pois, naquele tempo, podia-se atravessar o mar. Tinha uma ilha diante dessa passagem que vós chamais as colunas de Hércules. Esta ilha era maior que a Líbia e a Ásia reunidas. Os viajantes daqueles tempos podiam passar desta ilha para outras ilhas, e dessas ilhas podiam alcançar o continente, na margem oposta deste mar que merecia verdadeiramente o seu nome", até Jiroff, cientista Russo, que define desta forma a geografia da Atlântida: "Segundo a nossa opinião, a Atlântida compunha-se de três partes: a ilha setentrional chamada Poseidonis, a de maior tamanho, situada ao pé do antiplano das actuais ilhas dos Açores; a estreita ilha central da Antília, situada mais ao Sul; e o Arquipélago Equatorial que chegava até às proximidades do Equador, perto dos actuais recifes de São Paulo". Muitos outros, no entanto, tentaram sempre encaixar tal mito dentro dos achados arqueológicos efectuados na zona do mediterrâneo, dizendo-se mesmo que a Atlântida poderia ser a ilha de Creta ou uma qualquer outra ilha da região. Esta foi sempre uma teoria contestada por muitos. É que a data que Platão refere como sendo a da destruição da Atlântida é muito anterior ao surgimento dos Minóicos, civilização que supostamente teria dado corpo a tal mito, assim como as dimensões da ilha que eram substancialmente superiores a todas aquelas que se pudessem considerar na região. Perante tais incongruências, os investigadores, segundo aqueles que sempre contestaram tal teoria, resolveram o problema de uma forma muito pouco séria, pois concluíram que se as datas referidas e as medidas apresentadas por Platão não coincidiam com aquelas que lhes seria conveniente considerar, só teriam que concluir que Platão se enganou. Ou seja, aquilo que ele quis dizer não foi aquilo que ele disse, mas exactamente aquilo que eles necessitavam que ele tivesse dito para que tudo encaixasse no devido lugar. No entanto, tal teoria não é completamente despropositada. É que ao contrário daquilo que sempre se julgou, a civilização Atlante não estava confinada às ilhas no oceano Atlântico e ao vasto continente do Pacífico, mas encontrava-se presente, também, no imenso vale que hoje é o mediterrâneo. Era um vale húmido e fértil, atravessado por rios que desciam desde as vertentes continentais. Com o fim da última era glaciar, no entanto, o leito dos oceanos foi subindo lentamente, aumentando a pressão sobre a enorme barreira que separava o oceano do vale e que estava situada na zona que hoje chamamos de Gibraltar. Ao poucos, depois das águas do oceano terem transposto essa mesma barreira, o vale foi sendo inundado lentamente até ao dia em que, tal como nas ilhas, enormes tremores de terra acabaram por destruir essa barreira, precipitando as águas do oceano numa enorme torrente de água que tudo destruiu. Muitas das histórias do dilúvio referem-se a esta catástrofe, pois nas ilhas não houve dilúvio algum, mas apenas o afundar dessas mesmas ilhas, assim como no continente do Pacífico que foi desmantelado por cataclismos vários que assolaram aquela região.
Algumas lendas também fazem referência à Atlântida, principalmente ao arquipélago do Atlântico. Os Mexicas, por exemplo, tribo que mais tarde veio a dar origem aos Astecas, acreditavam que os seus antepassados tinham vindo de um país chamado Aztlan. O livro sagrado dos Maias, por outro lado, Popol Vuh, contém um relato de uma visita que os três filhos do rei Quitzés fizeram a uma terra situada "a Este, nas margens do mar, da qual os seus antepassados tinham vindo". Segundo o relato, trouxeram desse país diversas inovações nas quais se incluía um sistema de escrita. Na Venezuela existe uma tribo de índios, os Párias, que acreditam que o seu povo provem de uma ilha no oceano Atlântico que em tempos remotos foi destruída por um terrível cataclismo e cujo nome era Atlan. Como podemos ver, a recordação desse passado manteve-se viva na cultura de muitos povos.

Mas regressemos à Atlântida. Durante esse ciclo, o quarto, os seres extraterrestres que nos criaram como raça, sempre se fizeram presentes perante a humanidade de então. Eles são os Deuses do passado, e fonte de toda a mitologia que chegou aos nossos tempos e que se encontra espalhada pelo mundo. Muitos desses deuses não eram extraterrestres, mas seres humanos a quem um determinado saber foi transmitido, permitindo que uma certa hierarquia de homens tivesse acesso a uma tecnologia que acabou por fazer destes, também, divindades. Divindades que se tornaram, com o passar do tempo, caprichosas, prepotentes, vingativas, dadas aos luxos e aos prazeres mais obstinados, como sempre foram retractadas em mitos e lendas várias. O conhecimento que foi transmitido a esses reis tinha como objectivo ajudá-los no acompanhamento do seu povo como forma de garantir um crescimento saudável e equilibrado dessa civilização do passado; uma missão que acabou por se desvirtuar com o passar dos milénios quando estes caíram na barbárie e na ignorância. Platão faz referência a isso mesmo quando nos diz no texto do Critias: "Mas quando o elemento divino foi diminuindo neles, devido ao cruzamento repetido com numerosos elementos mortais, quando dominou o carácter humano, então, incapazes já de suportar a sua prosperidade, caíram na indecência". Para que possam compreender este passar de testemunho, é importante ter presente que à medida que os povos vão crescendo e se tornam adultos, muitas das tarefas que até então são da responsabilidade dos seus progenitores, passam para estes como forma de os responsabilizar diante do universo. Quando os primeiros seres extraterrestres chegaram a este sistema solar, tiveram a missão de criar a humanidade Marciana e Venusiana. Quando estes povos se tornaram verdadeiramente conscientes dos propósitos que a eles estavam destinados, parte dessa missão passou para estes e foram eles que vieram até ao nosso planeta para criar a humanidade terrestre, dando início ao segundo ciclo solar. Aqui chegados cumpriram a sua missão até ao dia em que parte dessa humanidade, a intraterrena, se tornou, também ela, adulta, podendo, desse modo, assumir parte da missão que era da responsabilidade daqueles que nos criaram. Mas nem sempre a responsabilidade que se passa para as mãos dos outros é correspondida de forma eficaz. Aos reis da Atlântida foi concedido esse poder, o de acompanhar o seu povo nesse crescer espiritual, tarefa que foi correspondida durante muitos milhares de anos mas que acabou por se perder como refere Platão no seu texto.

Embora as guerras travadas entre esses reis do passado tivessem ocorrido apenas nos últimos séculos da existência Atlante, outras batalhas foram travadas em tempos pretéritos como referi no texto anterior. Batalhas entre os deuses como sempre foram retractadas, opondo os seres extraterrestres que chegaram até nós durante esse período, aos outros que vieram de Vénus e Marte e que tinham uma missão bem delineada: criar a humanidade terrestre, acompanhá-la e educá-la. Com a chegada desses intrusos, várias batalhas se travaram pela posse do planeta. Aqui reside toda a mitologia em volta do bem e do mal; dos exércitos de Deus e dos exércitos do Diabo-Lucifer-Mara-etc. O texto anterior terminava exactamente com o relato de uma dessas batalhas, e aqui vos deixo um outro que se encontra no volume de Drona Parva do Mahabharata:

"Os deuses que se ausentaram pelos ares hão-se regressar. Na verdade, eles temeram Mahecwara até hoje. Originalmente, os bravos Asuras possuíam três cidades no céu. Cada uma dessas cidades teve grandes dimensões e uma construção excepcional. Uma era feita de ferro, a segunda de prata, e a terceira de ouro. A cidade áurea pertenceu a Kamalaksha, a argêntea a Tarakakhasa, e a férrea esteve na posse de Vidyunmalin. Apesar de todas as armas de que dispunha, Maghavat não conseguiu impressionar essas cidades celestes. Sentindo-se perseguido, os deuses pediram a protecção de Rudra. Todos os deuses, tendo Vasava como porta-voz, foram até junto dele e disseram: "Esses horríveis habitantes das cidades recebem apoio de Brama! Por causa dessa ajuda, ameaçam o universo. Oh, senhor dos deuses, para além de Ti, ninguém é capaz de os derrotar! Por isso, oh Mahadeva, aniquila esses inimigos dos Deuses!(...) Xiva, o que voava com esse admirável carro composto de todas as forças celestes, preparou-se para destruir as três cidades. E Sthanu, o primeiro dos aniquiladores, esse destruidor dos Asuras, esse magnífico lutador de incompreensível bravura que é admirado pelos celestes... dispôs uma posição de combate extraordinária, única... Então, quando as três cidades se juntaram no firmamento, o deus Mahadeva trespassou-as com o seu terrível raio triplo. Os Danava foram incapazes de se opor a esse raio que era animado pelo fogo Yuga e composto por Vixnu e Soma. Enquanto as três cidades começaram a arder, Pavati acorria, apressadamente, para contemplar o espectáculo".

Por outro lado, a sexta estrofe do livro Dyzan diz o seguinte: "Tiveram que lutar entre os criadores e os destruidores, e lutas pelo espaço". Hoje, entre nós, já não se encontra essa civilização "destruidora" como é referido no livro Dyzan, mas apenas a "criadora". Numa linguagem figurada eu diria que as hostes de Deus venceram há muito as hostes do Diabo.

Depois dessas convulsões várias entre os "Deuses" e os "Demónios", a Atlântida chegou ao seu fim. A sua destruição é referida em quase todas as culturas do mundo através da mítica história do dilúvio. A de Noé todos conhecem e por isso abstenho-me de a referir, mas existem muitas outras. Na mitologia grega, por exemplo, os deuses inundaram o mundo e destruíram a raça humana devido à sua maldade. A lenda diz o seguinte: "Quando Zeus quis destruir os homens da idade do Bronze, Deucalião, advertido por Prometeu, construiu uma arca e, depois de armazenar nela o necessário, entrou nela com a sua mulher (...) Mas Deucalião, na arca, depois de flutuar durante nove dias e nove noites, tocou terra no monte Parnaso. Quando cessaram as chuvas desembarcou e ofereceu um sacrifício a Zeus". Temos também o dilúvio Babilónio que relata algo semelhante à história de Noé. Podemos assumir, sem grande erro, que todos estes relatos nasceram de uma só história, pois eram povos que viviam numa mesma região, no entanto, o relato do dilúvio vai muito para além das fronteiras do médio oriente e área circundante. O Popol Vuh, por exemplo, livro sagrado dos Maias, relata um acontecimento semelhante, dizendo: "Certo dia a terra tremeu e uma forte chuva caiu sobre a terra. As árvores e as casas caíram despedaçadas, as cavernas inundaram-se e o dia transformou-se em noite cerrada". No Mahabharata, texto que já referi várias vezes, relata-se como Brama avisou Manú, pai de todos os homens, que um grande dilúvio se avizinhava. Disse-lhe que deveria construir uma embarcação e colocar nela "os sete Rishis (Sábios) e todas as sementes especificadas pelos antigos grahmanes". Todas estas lendas falam de uma arca ou embarcação que teria resgatado certos homens da Atlântida. Essas figuras, no entanto, não representam pessoas individuais. Noé não é uma figura histórica mas uma comunidade, um povo, assim como Adão e Eva que são a representação alegórica da terceira raça da humanidade, aquela que deu origem aos povos intraterrenos e que hoje chamamos de raça Lemuriana. Temos, assim, um cataclismo que assolou um vasto lugar, e um povo que, por ordens de deus, ou seja, dos seres extraterrestres, construiu embarcações para salvar parte da humanidade e assim dar corpo à quinta raça que se veio a formar depois do dilúvio, a nossa raça actual. Mas nem todos conseguiram fugir nas embarcações destinadas à fuga. Alguns relatos de outras culturas atestam-nos que nos últimos tempos alguns povos foram resgatados directamente por esses seres extraterrestres. Várias tribos das Filipinas, por exemplo, acreditam que os primitivos homens que eles chamam de "atás" morreram afogados depois das águas terem coberto a terra, à excepção de uma mulher e um homem que foram salvos por uma águia que se ofereceu para transportá-los sobre as suas asas. Os esquimós, por outro lado, têm uma lenda semelhante. Acreditam que os seus antepassados viviam num outro país, mas que devido a um grande dilúvio as pessoas morreram, salvando-se apenas aquelas que foram levadas por enormes pássaros.

Mas terá sido esse dilúvio universal? Não creio que assim tenha sido. Como referi anteriormente, nas ilhas do Atlântico e no continente do Pacífico não houve dilúvio algum, mas apenas o afundar e o desmantelar dessas massas de terra o que, de alguma forma, teria um efeito semelhante ao de um dilúvio aos olhos daqueles que tivessem passado por tal experiência. Por outro lado, o dilúvio que inundou o vale do mediterrâneo foi bem localizado, não transpondo os limites desse mesmo vale. Podemos também concluir da não universalidade desse dilúvio, pelo facto de os índios Hopis, que surgiram dos formigueiros subterrâneos após a destruição do terceiro mundo, como eles referem na sua lenda, julgarem que ainda se encontram no quarto mundo, quando na realidade já estamos no quinto. Não tendo chegado o dilúvio, ou os cataclismos que assolaram as ilhas do Atlântico e o continente do Pacífico, ao planalto onde sempre viveram, e que fica situado entre os estados do Utha, Colorado, Novo México e Arizona, tudo ficou como sempre esteve, e por isso mesmo, não tendo havido mudança alguma, o ciclo manteve-se o mesmo, ou seja, o quarto.

Depois dos vários cataclismos que destruíram as ilhas do Atlântico e o vasto continente do Pacífico, por volta do ano 10.000aC, muitos foram os povos que se espalharam pelo mundo levados pelas várias "arcas". Aqueles que viviam no continente do pacífico deram origem às civilizações do oriente. Os que deixaram o vale do mediterrâneo, depois da sua inundação, subiram as vertentes continentais sedentarizando-se em volta do mar que entretanto de formou, e por fim, os povos que habitavam as ilhas do atlântico, colonos vindos em épocas remotas do berço dessa civilização que ficava no oriente, emigraram para o continente Americano. Todos eles, ao desembarcarem nas novas terras, após os cataclismos vários que assolaram o mundo inteiro, introduziram a agricultura que até então era estranha às culturas nativas, instalando-se em pequenas comunidades que reflectiam a vivência civilizada de muitos milhões de anos de uma grandiosa civilização, embora com eles apenas tivessem transportado o essencial, como nos relatam todas as história do dilúvio. Criaram sistemas de rega e domesticaram animais, alguns deles trazidos nessas mesmas “arcas”, e assim abriram as portas para que milhares de anos depois novas civilizações pudessem germinar, todas elas fundadas a partir de uma cosmogonia comum; restos de uma memória dos tempos da grande Atlântida.

Hoje estamos no quinto ciclo da humanidade ao longo do qual se estabeleceram vários contactos entre os seres intraterrenos e os povos da superfície. São eles que nos têm vindo a acompanhar como um irmão mais velho, depois de terem atingido a maioridade como raça consciente dos verdadeiros propósitos do universo. Aquilo que referi em textos anteriores como sendo contactos extraterrestres ao percorrer o velho testamento, na realidade não o foram, mas sim contactos com os seres do interior da terra que sempre tentaram elevar a espiritualidade dos povos da superfície. Estamos agora a viver, uma vez mais, tempos de transição, avizinhando-se o sexto ciclo da humanidade... mas esse é um assunto para o próximo texto.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Crónicas Semanais no Blog Nemo Dolphin

EXTRATERRESTRES (Cont.)


Mas deixemos por momentos esses relatos do passado para que vos possa apresentar a história de hoje. Tal como aquela que partilhei convosco na semana passada sobre os povos intraterrenos, esta também será apenas uma história. Certamente que já compreenderam que para mim é muito mais que isso, mas de mim para vocês será sempre e unicamente uma história.

Remontemos então a um tempo que nenhum livro ou lenda alguma fez pode registar. Regressemos ao primeiro ciclo solar. Um ciclo solar é uma unidade de medida para definir a existência temporal de um sistema solar e que se compõe por sete ciclos, no fim dos quais o sol deixará de existir como tal. Cada ciclo solar é composto por sete ciclos planetários onde a humanidade evolui ao longo de várias etapas. A título de curiosidade, digo-vos que actualmente estamos no quinto ciclo planetário do segundo ciclo solar. No primeiro ciclo solar, Vénus e Marte foram os únicos planetas fertilizados pelos seres extraterrestres que vieram em missão até este sistema solar. Aqui criaram os primeiros povos humanos que depois evoluíram ao longo de sete ciclos planetários. Os últimos ciclos, como sempre acontece, foram ciclos de paz; ciclos que permitiram às duas raças evoluir espiritualmente e assim puderam dar grandes passos, desenvolvendo uma tecnologia que não se tornou cega em mãos de criança, mas consciente nos propósitos que a ela lhe foram atribuídos. No fim do sétimo ciclo planetário, iniciou-se o segundo ciclo solar. A raça extraterrestre que aqui tinha chegado no princípio do primeiro ciclo solar, delegou essa missão nos seres que agora terminavam a sua aprendizagem tanto em Marte como em Vénus. Quando ambos os planetas "adormeceram", extinguindo-se a vida na sua superfície, esses seres vieram para a Terra para darem continuidade ao plano iniciado milhões de anos antes. Aqui criaram as condições para que a humanidade pudesse nascer uma vez mais. Fizeram da Terra um imenso laboratório, dando vida aos oceanos e depois, através de intervenções genéticas, permitiram que essa vida viesse para terra. Deixaram a natureza seguir os seus caminhos, interferindo apenas pontualmente para dar pequenos empurrões, e assim possibilitando saltos evolutivos maiores que aqueles que seriam possíveis realizar sem essa interferência. No fim do segundo ciclo planetário, criaram a primeira raça física, a terceira. No princípio era uma raça andrógina, mas depois, com a separação das energias que compõem o espírito, criaram, por processos genéticos, um corpo masculino e um outro feminino, surgindo, assim, a primeira raça sexuada, aquela que vos relatei no texto anterior e que deu origem aos povos do interior da terra. No quarto ciclo, o ciclo Atlante, continuaram a acompanhar a humanidade, não só a da superfície, como a subterrânea. Tempos depois, deram-se a conhecer aos povos intraterrenos e fizeram destes parceiros de um plano iniciado no princípio do segundo ciclo solar. Desde então também esses povos passaram a ser nossos tutores, acompanhando-nos como um irmão mais velho.

Mas os tempos Atlantes não foram tempos de paz. Grandes guerras foram travadas pelos deuses, como sempre foram referidas nos textos sagrados; guerras entre os seres extraterrestres que nos criaram e aqueles que chegaram de outros lugares com intenções colonizadoras. Sempre fomos protegidos dessas interferências exteriores. Das batalhas travadas muitos foram os registos que chegaram aos nossos tempos; lutas entre as hostes de "Deus" contra as hostes do "Diabo", forças contrárias que lutavam pela posse da Terra. Termino o texto de hoje com mais um desses relatos do passado que nos fala de uma batalha entre os deuses. Refere-se ao deus Matali, fazendo parte do Ramayana, uma das epopeias mais grandiosas do povo indiano

"- Mais depressa, Matali! - disse Indra. - Apresa-te com o meu carro celeste. O equânime Rama encontra os seus inimigos...- Matali conduziu o carro, luminoso como os raios solares, para o lugar onde o justiceiro Rama encontrou os seus inimigos.

"- Toma este carro celeste! - gritou Matali para Rama. - Os deuses protegem os justos. Vamos, sobe para este carro dourado, as forças celestes protegem-te. Eu serei o teu condutor e acelerarei o carro trovejante.

"Adornado com roupagens celestes, Rama saltou para o carro e travou uma batalha tão formidável como nunca olhos humanos viram. Deuses e mortais presenciaram a luta, viram comovidos como Rama atacava com o carro celeste de combate. Nuvens de projécteis mortíferos escureceram a face resplandecente do firmamento. Tudo se tornou sombrio por cima do campo de batalha.

"Colinas, vales e oceanos foram sacudidos por horríveis vendavais, o sol brilhou palidamente. Como a batalha parecesse não ter fim, Rama, na sua cólera, empunhou a arma de Brama, que estava carregada com fogo celeste. A arma refulgente era alada, e tão mortífera como o raio do céu. Projectada com o arco circular, essa arma relampejante precipitou-se violentamente para baixo e atravessou o coração metálico de Ravan. Quando se fez silêncio, começaram a chover flores celestes sobre a ensanguentada planície, e ouviu-se, vinda do céu, a música calmante de umas harpas invisíveis".

No próximo texto irei continuar a abordar este tema, falando da Atlântida e do dilúvio que a destruiu. Antes de terminar, no entanto, queria dizer-vos, uma vez mais, que o conhecimento só é verdadeiramente importante se em nós existir a vontade de o compreender como instrumento de trabalho na construção de uma sabedoria que seja nossa. Diante das palavras de um homem sábio, por exemplo, apenas ficamos com o conhecimento da sua sabedoria e não com a sabedoria em si mesmo. Esta encontrá-la-emos em nós, na compreensão que fizermos do mundo nessa caminhada universal rumo à essência de nós próprios. Por isso, caros amigos, não se fiquem pela parte exterior e formal destas histórias que vos conto, pois elas são apenas o papel de embrulho de algo mais profundo, algo que nos permita trabalhar a nossa verdadeira identidade, que é espiritual, e crescer num despertar que nos quer conscientes dos verdadeiros propósitos do Homem e do Universo.

(Nota: As citações referentes aos textos hindus foram transcritas do trabalho realizado pelo professor Dillep Kumar Kanjilal, em “Aparelhos voadores na Índia antiga”, que investigou toda a literatura Veda e todos os textos clássicos)

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Pensamento do dia

"Só existem dois dias no ano que nada pode ser feito. Um se chama ontem e o outro se chama amanhã, portanto hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e principalmente viver."

Dalai Lama

Crónicas Semanais no Blog Nemo Dolphin

EXTRATERRESTRES


Neste texto trago-vos um tema nada consensual nos tempos de hoje. A existência, entre nós, de seres extraterrestres. Vou abordá-lo olhando para o passado e não para o presente, embora muitas sejam as evidências de hoje que poderiam, por elas próprias, revelar-nos a presença desses seres. Antes de começar a relatar algumas dessas histórias do passado, acho que é importante ter presente que os povos interpretam o mundo pelos olhos da sua cultura. Quando os índios da América do Norte, por exemplo, viram pela primeira vez uma locomotiva, chamaram-lhe "cavalo de fogo". Qual seria a reacção de um etnólogo mil anos no futuro se fosse confrontado com o testemunho desse povo, ao ler coisas como: "E o cavalo de fogo atravessou a planície deitando fumo pela cabeça. A sua voz era como o trovão estremecendo as montanhas onde vivia o nosso povo". Se tivesse uma mentalidade fechada, esse etnólogo concluiria que pelo facto de não existirem cavalos de fogo tal relato só poderia ser fruto da imaginação desse povo, algo justificado pelas suas várias superstições. Se fosse um etnólogo de mentalidade aberta, poderia compreender que o relato conteria em si mesmo a descrição real de algo que era estranho à cultura daquele povo. Talvez não chegasse à locomotiva, mas teria feito muito mais que o primeiro que se limitou a uma análise superficial e, de alguma forma, preconceituosa. Peço-vos, por isso mesmo, que olhem para essas histórias do passado com uma mentalidade aberta, compreendendo que muitos dos relatos estão condicionados pela visão limitada de um povo que não poderia ir para além dos seus arquétipos. São estes que nos permitem interpretar o mundo, colocar cada coisa no seu devido lugar. Se somos confrontados com algo que nos é estranho, tentamos definir essa estranheza à luz daquilo que conhecemos, distorcendo, naturalmente, a verdadeira realidade do que é observado.

Vamos então mergulhar nesse passado, percorrer várias culturas na procura de testemunhos que nos relatem a presença de seres extraterrestres entre nós. E comecemos pela Bíblia. Nas suas páginas, e refiro-me essencialmente ao velho testamento, encontram-se testemunhos vários da presença desses seres, que à luz dos arquétipos de então, eram confundidos com divindades e anjos. Quererá isso dizer que Deus não existe se concluirmos que os contactos do passado foram feitos com extraterrestres? De forma alguma. O conhecimento é transmitido à humanidade por aqueles que estão em sintonia com essa realidade maior, sejam eles mestres ou profetas, seres espirituais ou extraterrestres. Assim, no seu conjunto nada muda, pois os propósitos continuam a ser os mesmos, ou seja, elevar a espiritualidade do Homem.

Olhemos então para as escrituras na procura desses contactos com seres extraterrestres. Recuemos até ao tempo em que o povo Hebreu deixou o Egipto. Alguns relatos de quando atravessavam o deserto são bastante curiosos a esse respeito. Ora leiam: "E o senhor ia adiante deles, de dia numa coluna de nuvens, para os guiar pelo caminho, e de noite numa coluna de fogo, para os alumiar, para que caminhassem de dia e de noite. Nunca tirou de diante da face do povo a coluna de nuvens de dia, nem a coluna de fogo, de noite.” (Êxodo, 13, 21). E mais à frente: "E o Anjo de Deus, que ia diante do exército de Israel, se retirou, e ia atrás deles: também a coluna de nuvens se retirou de diante deles, e se pôs atrás deles. E ia entre o campo dos egípcios e campo de Israel: e a nuvem era escurecida para aqueles, e para estes esclarecia a noite: de maneira que em toda a noite não chegou um ao outro" (Êxodo, 14, 19-20). No segundo livro dos reis, o profeta Elias foi elevado ao céu por um carro de fogo: "E sucedeu que, indo eles andando e falando, eis que um carro de fogo, com cavalos de fogo, os separou um do outro; e Elias subiu ao céu num redemoinho" (Reis II, 2, 11). Num outro texto, o profeta Isaías descreve as nuvens como meios de transporte: "Eis que o senhor vem cavalgando numa nuvem ligeira, e virá ao Egipto: e os ídolos do Egipto serão movidos perante a sua face, e o coração dos egípcios se derreterá no meio deles" (Isaías, 19,1). É curioso que Deus, sendo um ser omnipresente, tenha a necessidade de nuvens para se deslocar. A não ser que esse Deus apenas o seja aos olhos daqueles que perante as suas limitações não poderiam definir um ser extraterrestre, equiparando-o a uma divindade.

A descrição mais completa sobre esses seres, no entanto, foi aquela descrita pelo profeta Ezequiel. Lembrem-se de ler o texto de mente aberta, tendo presente os arquétipos da altura para definir algo que lhe era estranho, o que significa que objectos ou veículos poderiam ser confundidos com seres vivos, como aconteceu com a locomotiva por parte dos índios.

"E olhei, e eis que um vento tempestuoso vinha do norte e uma grande nuvem, com um fogo envolvente, e à volta um resplendor, e no meio do fogo algo que parecia como bronze refulgente, e no meio dele a figura de quatro seres viventes. E esta era a sua aparência: havia neles semelhanças de homem. Cada um tinha quatro caras e quatro asas. E os pés deles eram direitos, e a planta dos seus pés como planta do pé de bezerro; e cintilavam à maneira de bronze muito polido(...) Com as asas juntavam-se um ao outro. Não se voltaram quando andavam, pois que cada um caminhava direito para a frente(...) E tinham as suas asas estendidas para cima, cada um duas, as quais se juntavam; e as outras duas cobriam os seus corpos. E cada um caminhava direito para a frente; para donde o espírito lhe dizia que andassem, andavam; e quando andavam, não se voltavam. Quando à semelhança com os seres viventes, o seu aspecto era como o de carvões de fogo acesos, como visões de archotes acesos que andavam entre os seres vivos; e o fogo resplandecia, e do fogo saíam relâmpagos(...) Enquanto eu olhava os seres viventes, eis uma roda de fogo sobre a terra junto aos seres viventes, nos quatro lados. O aspecto das rodas e a sua obra era semelhante à cor do crisólio(...). Quando andavam, deslocavam-se para os seus quatro costados; não se voltavam quando andavam. E os seus aros eram altos e espantosos, e cheios de olhos à volta nos quatro(...). E sobre as cabeças dos seres viventes aparecia uma expansão à maneira de cristal maravilhoso, estendido por cima das suas cabeças(...). E o som das suas asas quando andavam, como ruído de multidão, como ruído de um exército. Quando paravam, baixavam as suas asas(...). E sobre a expansão que havia sobre as suas cabeças via-se a figura de um trono que parecia de pedra de safira; e sobre a figura do trono havia a semelhança que parecia de homem sentado sobre ele(...). Como o aspecto do arco que aparece na nuvem no dia da chuva, assim era o aspecto do resplendor em redor: este era o aspecto da semelhança da glória do Senhor (Ezequiel, 1, 4-28)

Mas os testemunhos da presença desses seres não se ficam pela Bíblia, bem pelo contrário. Os deuses da zona do Pacífico desceram do espaço entre trovões, relâmpagos e estrondos. Na mitologia chinesa temos os dragões que simbolizavam a divindade ou a imortalidade, e que podemos, de uma forma análoga, comparar com os cavalos de fogo que os índios chamaram às locomotivas. Os Sumérios, Persas e Egípcios, adoravam "deuses celestes" que eram representados graficamente com rodas, esferas aladas e "barcas voadoras". Uma das lendas do Tibete começa com as seguintes palavras: "Há milhões de anos um certo número de seres sobre-humanos, vindos de um outro mundo superiormente evoluído, veio para a Terra para acelerar o progresso do planeta e da humanidade futura". Mas de todos os povos, aquele que mais referências faz a esses seres é o povo indiano. As suas escrituras remontam a um passado difícil de definir, relatando histórias anteriores às mesmas. Nos cânticos do Syavasva, no Rig-Veda, é dito o seguinte num dos hinos dedicados aos Deuses:

"Louvados sejam os que cresceram no vasto aéreo ou no vasto espaço do grandioso céu... Vinde, Marut, vinde do céu, do ar, da vossa morada; não vos retireis para o remoto! Vós, homens relampejantes com os vossos pétreos projécteis, violentos como o vento, vós, Marut, de cólera trovejante! Vós percorreis as noites, os dias, exercitais-vos no ar, no espaço das lançadeiras. Quando atravessais as planícies e as regiões intransitáveis, Marut, nunca sofreis danos. Quando, equilibrados Marut, homens do sol, homens do céu, largais em desenfreada cavalgada, vossos corcéis nunca afrouxam a corrida. Num só dia alcançais o fim do caminho. Escutai, Marut, a vossa grandeza é digna de ser honrada, o vosso semblante digno de contemplar, como o do sol. Vós cruzeis potentemente o espaço aéreo. Nascidos juntos, criados juntos, tendes boas proporções para crescer em beleza! Nem montanhas, nem correntes vos detêm. Vós, Marut, ides sempre onde vos propondes. Percorreis o céu e a terra...".

O que nos relata aquele que escreveu este texto? Uma série de superstições? O testemunho de uma imaginação fértil? Essa seria a explicação do etnólogo de mentalidade fechada, que também julgaria que "cavalo de fogo" era uma mistificação dos índios, quando na realidade se tratava de uma locomotiva.

Essas escrituras, desde os Vedas até às epopeias épicas do Ramayana e do Mahabharata, estão repletas de referências a esses seres divinos que se deslocavam em carros voadores. No Rig-Veda fala-se da comodidade dos veículos, do facto de se poder voar com eles para todos os lados assim como atravessar as nuvens mais altas. Descreve-se de uma forma pormenorizada esses mesmos veículos que eram, geralmente, feitos de metais nobres, como o ouro. No Mahabharata, várias são as referências a esse respeito:

- Ah, Uparicara Vasu! A espaçosa máquina voadora irá até ti, e se te acomodares nesse veículo, serás o único ser humano a assemelhar-se a uma divindade (Adi-parna 63; 11-16, 21-24)

- Ah, descendente de Kurus, essa pessoa malévola desceu dessa carruagem voadora que pode mover-se para a frente por todos os lados e é conhecida como "saubhapura" (Vana-parna 14; 15-22)

- Quando ele desapareceu do campo visual dos mortais, elevando-se muito alto no céu, distinguiu milhares de veículos aéreos estranhos (Vana-Parna 42; 30-34)

- Ele, o predilecto de Indra, entrou no palácio divino e viu milhares de veículos voadores para os deuses, uns postos de lado, outros em movimento (Vana-Parna 43; 7-12)

- Os grupos de Marut chegaram em veículos aéreos divinos, e Matali, depois de ter falado desta maneira, levou-me (Arjuna) na sua carruagem voadora e mostrou-me os outros veículos aéreos (Vana-Parna 168; 10-11)

- Do mesmo modo, os homens movem-se pelo céu em veículos aéreos que eles próprios decoram com cisnes e são tão cómodos como palácios (Vana-parna 200; 52-56)

- Os deuses aparecem nos seus veículos voadores para presenciar o combate entre Kripacarya e Arjuna. O próprio Indra, senhor do céu, chegou com um objecto voador especial que podia levar trinta e três seres divinos (Vana-Parna 274; 15-17)

Mas as escrituras vão muito mais longe, não se ficando pela descrição de veículos voadores mas também de cidades no espaço. No capítulo 3 do Sabhaparvan, um texto que faz parte do Mahabharata, é dito que Maya, aquele que era considerado como o arquitecto dos Asuras, projectou um salão nobre feito de ouro, prata e outros metais que foi enviado para o céu com 8000 tripulantes. Faz-se referência, igualmente, à cidade de Kuvera que era considerada como a mais bela da galáxia, medindo, depois de se converter para as medidas de hoje, cerca de 550 por 800 quilómetros; refere-se que esta estava suspensa no ar, repleta de inúmeros edifícios com reflexos dourados. Nesse mesmo texto é dito que os seres divinos viviam em enormes cidades no espaço de onde saíam vários veículos de formas diversas. Uma dessas cidades, de nome Hiranyapura, girava sobre o seu eixo. Fora construída por Brama, possuindo armas horríveis, desconhecidas dos humanos. No quinto livro do Mahabharata existe um relato curioso a respeito dessas armas:

"Abrasado pela incandescência da arma, o mundo retorceu-se e serpenteou. Os elefantes crestaram e caminharam cambaleantes... a água ferveu, todos os peixes morreram... as árvores desfaleceram umas atrás das outras... cavalos e carros arderam... ofereceu-se um panorama estremecedor... os cadáveres tinham ficado mutilados pelo calor horrendo, pareciam nunca ter sido seres humanos. Nunca houve arma tão horripilante! Nunca acreditámos que pudesse existir semelhante arma!".

Uma outra lenda indiana diz-nos o seguinte:

"Assim, o rei alojou-se no carro celeste juntamente com o pessoal do harém, as suas mulheres, os seus dignatários e um grupo de cada estamento de cidadãos. Alcançaram os confins do firmamento e por fim seguiram a rota do vento. O carro celeste circunvoou a Terra sobrevoou os oceanos e depois seguiu caminho para a cidade de Avantis, onde precisamente decorria uma festa. Depois de breve interrupção, o rei retomou a viagem perante o olhar de inúmeros espectadores que admiravam o carro celeste".


Esta lenda introduz-nos algo de novo. O veículo pertencia a um rei e não a um deus, ou seja, era tripulado por seres humanos e não por extraterrestres. Se tomarmos a lenda da Atlântida, que sempre foi considerada como um lugar onde a humanidade possuía uma tecnologia avançada, e também os relatos feitos nos Vedas e noutros livros, poderemos concluir que esses veículos não eram apenas usados por deuses, fossem eles extraterrestres ou intraterrenos, mas também por uma certa hierarquia dentro das várias comunidades humanas, embora em toda a literatura sânscrita se faça questão de frisar que a técnica de construção dos objectos voadores era de origem exclusivamente divina.