Mas deixemos por momentos esses relatos do passado para que vos possa apresentar a história de hoje. Tal como aquela que partilhei convosco na semana passada sobre os povos intraterrenos, esta também será apenas uma história. Certamente que já compreenderam que para mim é muito mais que isso, mas de mim para vocês será sempre e unicamente uma história.
Remontemos então a um tempo que nenhum livro ou lenda alguma fez pode registar. Regressemos ao primeiro ciclo solar. Um ciclo solar é uma unidade de medida para definir a existência temporal de um sistema solar e que se compõe por sete ciclos, no fim dos quais o sol deixará de existir como tal. Cada ciclo solar é composto por sete ciclos planetários onde a humanidade evolui ao longo de várias etapas. A título de curiosidade, digo-vos que actualmente estamos no quinto ciclo planetário do segundo ciclo solar. No primeiro ciclo solar, Vénus e Marte foram os únicos planetas fertilizados pelos seres extraterrestres que vieram em missão até este sistema solar. Aqui criaram os primeiros povos humanos que depois evoluíram ao longo de sete ciclos planetários. Os últimos ciclos, como sempre acontece, foram ciclos de paz; ciclos que permitiram às duas raças evoluir espiritualmente e assim puderam dar grandes passos, desenvolvendo uma tecnologia que não se tornou cega em mãos de criança, mas consciente nos propósitos que a ela lhe foram atribuídos. No fim do sétimo ciclo planetário, iniciou-se o segundo ciclo solar. A raça extraterrestre que aqui tinha chegado no princípio do primeiro ciclo solar, delegou essa missão nos seres que agora terminavam a sua aprendizagem tanto em Marte como em Vénus. Quando ambos os planetas "adormeceram", extinguindo-se a vida na sua superfície, esses seres vieram para a Terra para darem continuidade ao plano iniciado milhões de anos antes. Aqui criaram as condições para que a humanidade pudesse nascer uma vez mais. Fizeram da Terra um imenso laboratório, dando vida aos oceanos e depois, através de intervenções genéticas, permitiram que essa vida viesse para terra. Deixaram a natureza seguir os seus caminhos, interferindo apenas pontualmente para dar pequenos empurrões, e assim possibilitando saltos evolutivos maiores que aqueles que seriam possíveis realizar sem essa interferência. No fim do segundo ciclo planetário, criaram a primeira raça física, a terceira. No princípio era uma raça andrógina, mas depois, com a separação das energias que compõem o espírito, criaram, por processos genéticos, um corpo masculino e um outro feminino, surgindo, assim, a primeira raça sexuada, aquela que vos relatei no texto anterior e que deu origem aos povos do interior da terra. No quarto ciclo, o ciclo Atlante, continuaram a acompanhar a humanidade, não só a da superfície, como a subterrânea. Tempos depois, deram-se a conhecer aos povos intraterrenos e fizeram destes parceiros de um plano iniciado no princípio do segundo ciclo solar. Desde então também esses povos passaram a ser nossos tutores, acompanhando-nos como um irmão mais velho.
Mas os tempos Atlantes não foram tempos de paz. Grandes guerras foram travadas pelos deuses, como sempre foram referidas nos textos sagrados; guerras entre os seres extraterrestres que nos criaram e aqueles que chegaram de outros lugares com intenções colonizadoras. Sempre fomos protegidos dessas interferências exteriores. Das batalhas travadas muitos foram os registos que chegaram aos nossos tempos; lutas entre as hostes de "Deus" contra as hostes do "Diabo", forças contrárias que lutavam pela posse da Terra. Termino o texto de hoje com mais um desses relatos do passado que nos fala de uma batalha entre os deuses. Refere-se ao deus Matali, fazendo parte do Ramayana, uma das epopeias mais grandiosas do povo indiano
"- Mais depressa, Matali! - disse Indra. - Apresa-te com o meu carro celeste. O equânime Rama encontra os seus inimigos...- Matali conduziu o carro, luminoso como os raios solares, para o lugar onde o justiceiro Rama encontrou os seus inimigos.
"- Toma este carro celeste! - gritou Matali para Rama. - Os deuses protegem os justos. Vamos, sobe para este carro dourado, as forças celestes protegem-te. Eu serei o teu condutor e acelerarei o carro trovejante.
"Adornado com roupagens celestes, Rama saltou para o carro e travou uma batalha tão formidável como nunca olhos humanos viram. Deuses e mortais presenciaram a luta, viram comovidos como Rama atacava com o carro celeste de combate. Nuvens de projécteis mortíferos escureceram a face resplandecente do firmamento. Tudo se tornou sombrio por cima do campo de batalha.
"Colinas, vales e oceanos foram sacudidos por horríveis vendavais, o sol brilhou palidamente. Como a batalha parecesse não ter fim, Rama, na sua cólera, empunhou a arma de Brama, que estava carregada com fogo celeste. A arma refulgente era alada, e tão mortífera como o raio do céu. Projectada com o arco circular, essa arma relampejante precipitou-se violentamente para baixo e atravessou o coração metálico de Ravan. Quando se fez silêncio, começaram a chover flores celestes sobre a ensanguentada planície, e ouviu-se, vinda do céu, a música calmante de umas harpas invisíveis".
No próximo texto irei continuar a abordar este tema, falando da Atlântida e do dilúvio que a destruiu. Antes de terminar, no entanto, queria dizer-vos, uma vez mais, que o conhecimento só é verdadeiramente importante se em nós existir a vontade de o compreender como instrumento de trabalho na construção de uma sabedoria que seja nossa. Diante das palavras de um homem sábio, por exemplo, apenas ficamos com o conhecimento da sua sabedoria e não com a sabedoria em si mesmo. Esta encontrá-la-emos em nós, na compreensão que fizermos do mundo nessa caminhada universal rumo à essência de nós próprios. Por isso, caros amigos, não se fiquem pela parte exterior e formal destas histórias que vos conto, pois elas são apenas o papel de embrulho de algo mais profundo, algo que nos permita trabalhar a nossa verdadeira identidade, que é espiritual, e crescer num despertar que nos quer conscientes dos verdadeiros propósitos do Homem e do Universo.
(Nota: As citações referentes aos textos hindus foram transcritas do trabalho realizado pelo professor Dillep Kumar Kanjilal, em “Aparelhos voadores na Índia antiga”, que investigou toda a literatura Veda e todos os textos clássicos)
Sem comentários:
Enviar um comentário