segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Pensamento do dia

"Só existem dois dias no ano que nada pode ser feito. Um se chama ontem e o outro se chama amanhã, portanto hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e principalmente viver."

Dalai Lama

Crónicas Semanais no Blog Nemo Dolphin

EXTRATERRESTRES


Neste texto trago-vos um tema nada consensual nos tempos de hoje. A existência, entre nós, de seres extraterrestres. Vou abordá-lo olhando para o passado e não para o presente, embora muitas sejam as evidências de hoje que poderiam, por elas próprias, revelar-nos a presença desses seres. Antes de começar a relatar algumas dessas histórias do passado, acho que é importante ter presente que os povos interpretam o mundo pelos olhos da sua cultura. Quando os índios da América do Norte, por exemplo, viram pela primeira vez uma locomotiva, chamaram-lhe "cavalo de fogo". Qual seria a reacção de um etnólogo mil anos no futuro se fosse confrontado com o testemunho desse povo, ao ler coisas como: "E o cavalo de fogo atravessou a planície deitando fumo pela cabeça. A sua voz era como o trovão estremecendo as montanhas onde vivia o nosso povo". Se tivesse uma mentalidade fechada, esse etnólogo concluiria que pelo facto de não existirem cavalos de fogo tal relato só poderia ser fruto da imaginação desse povo, algo justificado pelas suas várias superstições. Se fosse um etnólogo de mentalidade aberta, poderia compreender que o relato conteria em si mesmo a descrição real de algo que era estranho à cultura daquele povo. Talvez não chegasse à locomotiva, mas teria feito muito mais que o primeiro que se limitou a uma análise superficial e, de alguma forma, preconceituosa. Peço-vos, por isso mesmo, que olhem para essas histórias do passado com uma mentalidade aberta, compreendendo que muitos dos relatos estão condicionados pela visão limitada de um povo que não poderia ir para além dos seus arquétipos. São estes que nos permitem interpretar o mundo, colocar cada coisa no seu devido lugar. Se somos confrontados com algo que nos é estranho, tentamos definir essa estranheza à luz daquilo que conhecemos, distorcendo, naturalmente, a verdadeira realidade do que é observado.

Vamos então mergulhar nesse passado, percorrer várias culturas na procura de testemunhos que nos relatem a presença de seres extraterrestres entre nós. E comecemos pela Bíblia. Nas suas páginas, e refiro-me essencialmente ao velho testamento, encontram-se testemunhos vários da presença desses seres, que à luz dos arquétipos de então, eram confundidos com divindades e anjos. Quererá isso dizer que Deus não existe se concluirmos que os contactos do passado foram feitos com extraterrestres? De forma alguma. O conhecimento é transmitido à humanidade por aqueles que estão em sintonia com essa realidade maior, sejam eles mestres ou profetas, seres espirituais ou extraterrestres. Assim, no seu conjunto nada muda, pois os propósitos continuam a ser os mesmos, ou seja, elevar a espiritualidade do Homem.

Olhemos então para as escrituras na procura desses contactos com seres extraterrestres. Recuemos até ao tempo em que o povo Hebreu deixou o Egipto. Alguns relatos de quando atravessavam o deserto são bastante curiosos a esse respeito. Ora leiam: "E o senhor ia adiante deles, de dia numa coluna de nuvens, para os guiar pelo caminho, e de noite numa coluna de fogo, para os alumiar, para que caminhassem de dia e de noite. Nunca tirou de diante da face do povo a coluna de nuvens de dia, nem a coluna de fogo, de noite.” (Êxodo, 13, 21). E mais à frente: "E o Anjo de Deus, que ia diante do exército de Israel, se retirou, e ia atrás deles: também a coluna de nuvens se retirou de diante deles, e se pôs atrás deles. E ia entre o campo dos egípcios e campo de Israel: e a nuvem era escurecida para aqueles, e para estes esclarecia a noite: de maneira que em toda a noite não chegou um ao outro" (Êxodo, 14, 19-20). No segundo livro dos reis, o profeta Elias foi elevado ao céu por um carro de fogo: "E sucedeu que, indo eles andando e falando, eis que um carro de fogo, com cavalos de fogo, os separou um do outro; e Elias subiu ao céu num redemoinho" (Reis II, 2, 11). Num outro texto, o profeta Isaías descreve as nuvens como meios de transporte: "Eis que o senhor vem cavalgando numa nuvem ligeira, e virá ao Egipto: e os ídolos do Egipto serão movidos perante a sua face, e o coração dos egípcios se derreterá no meio deles" (Isaías, 19,1). É curioso que Deus, sendo um ser omnipresente, tenha a necessidade de nuvens para se deslocar. A não ser que esse Deus apenas o seja aos olhos daqueles que perante as suas limitações não poderiam definir um ser extraterrestre, equiparando-o a uma divindade.

A descrição mais completa sobre esses seres, no entanto, foi aquela descrita pelo profeta Ezequiel. Lembrem-se de ler o texto de mente aberta, tendo presente os arquétipos da altura para definir algo que lhe era estranho, o que significa que objectos ou veículos poderiam ser confundidos com seres vivos, como aconteceu com a locomotiva por parte dos índios.

"E olhei, e eis que um vento tempestuoso vinha do norte e uma grande nuvem, com um fogo envolvente, e à volta um resplendor, e no meio do fogo algo que parecia como bronze refulgente, e no meio dele a figura de quatro seres viventes. E esta era a sua aparência: havia neles semelhanças de homem. Cada um tinha quatro caras e quatro asas. E os pés deles eram direitos, e a planta dos seus pés como planta do pé de bezerro; e cintilavam à maneira de bronze muito polido(...) Com as asas juntavam-se um ao outro. Não se voltaram quando andavam, pois que cada um caminhava direito para a frente(...) E tinham as suas asas estendidas para cima, cada um duas, as quais se juntavam; e as outras duas cobriam os seus corpos. E cada um caminhava direito para a frente; para donde o espírito lhe dizia que andassem, andavam; e quando andavam, não se voltavam. Quando à semelhança com os seres viventes, o seu aspecto era como o de carvões de fogo acesos, como visões de archotes acesos que andavam entre os seres vivos; e o fogo resplandecia, e do fogo saíam relâmpagos(...) Enquanto eu olhava os seres viventes, eis uma roda de fogo sobre a terra junto aos seres viventes, nos quatro lados. O aspecto das rodas e a sua obra era semelhante à cor do crisólio(...). Quando andavam, deslocavam-se para os seus quatro costados; não se voltavam quando andavam. E os seus aros eram altos e espantosos, e cheios de olhos à volta nos quatro(...). E sobre as cabeças dos seres viventes aparecia uma expansão à maneira de cristal maravilhoso, estendido por cima das suas cabeças(...). E o som das suas asas quando andavam, como ruído de multidão, como ruído de um exército. Quando paravam, baixavam as suas asas(...). E sobre a expansão que havia sobre as suas cabeças via-se a figura de um trono que parecia de pedra de safira; e sobre a figura do trono havia a semelhança que parecia de homem sentado sobre ele(...). Como o aspecto do arco que aparece na nuvem no dia da chuva, assim era o aspecto do resplendor em redor: este era o aspecto da semelhança da glória do Senhor (Ezequiel, 1, 4-28)

Mas os testemunhos da presença desses seres não se ficam pela Bíblia, bem pelo contrário. Os deuses da zona do Pacífico desceram do espaço entre trovões, relâmpagos e estrondos. Na mitologia chinesa temos os dragões que simbolizavam a divindade ou a imortalidade, e que podemos, de uma forma análoga, comparar com os cavalos de fogo que os índios chamaram às locomotivas. Os Sumérios, Persas e Egípcios, adoravam "deuses celestes" que eram representados graficamente com rodas, esferas aladas e "barcas voadoras". Uma das lendas do Tibete começa com as seguintes palavras: "Há milhões de anos um certo número de seres sobre-humanos, vindos de um outro mundo superiormente evoluído, veio para a Terra para acelerar o progresso do planeta e da humanidade futura". Mas de todos os povos, aquele que mais referências faz a esses seres é o povo indiano. As suas escrituras remontam a um passado difícil de definir, relatando histórias anteriores às mesmas. Nos cânticos do Syavasva, no Rig-Veda, é dito o seguinte num dos hinos dedicados aos Deuses:

"Louvados sejam os que cresceram no vasto aéreo ou no vasto espaço do grandioso céu... Vinde, Marut, vinde do céu, do ar, da vossa morada; não vos retireis para o remoto! Vós, homens relampejantes com os vossos pétreos projécteis, violentos como o vento, vós, Marut, de cólera trovejante! Vós percorreis as noites, os dias, exercitais-vos no ar, no espaço das lançadeiras. Quando atravessais as planícies e as regiões intransitáveis, Marut, nunca sofreis danos. Quando, equilibrados Marut, homens do sol, homens do céu, largais em desenfreada cavalgada, vossos corcéis nunca afrouxam a corrida. Num só dia alcançais o fim do caminho. Escutai, Marut, a vossa grandeza é digna de ser honrada, o vosso semblante digno de contemplar, como o do sol. Vós cruzeis potentemente o espaço aéreo. Nascidos juntos, criados juntos, tendes boas proporções para crescer em beleza! Nem montanhas, nem correntes vos detêm. Vós, Marut, ides sempre onde vos propondes. Percorreis o céu e a terra...".

O que nos relata aquele que escreveu este texto? Uma série de superstições? O testemunho de uma imaginação fértil? Essa seria a explicação do etnólogo de mentalidade fechada, que também julgaria que "cavalo de fogo" era uma mistificação dos índios, quando na realidade se tratava de uma locomotiva.

Essas escrituras, desde os Vedas até às epopeias épicas do Ramayana e do Mahabharata, estão repletas de referências a esses seres divinos que se deslocavam em carros voadores. No Rig-Veda fala-se da comodidade dos veículos, do facto de se poder voar com eles para todos os lados assim como atravessar as nuvens mais altas. Descreve-se de uma forma pormenorizada esses mesmos veículos que eram, geralmente, feitos de metais nobres, como o ouro. No Mahabharata, várias são as referências a esse respeito:

- Ah, Uparicara Vasu! A espaçosa máquina voadora irá até ti, e se te acomodares nesse veículo, serás o único ser humano a assemelhar-se a uma divindade (Adi-parna 63; 11-16, 21-24)

- Ah, descendente de Kurus, essa pessoa malévola desceu dessa carruagem voadora que pode mover-se para a frente por todos os lados e é conhecida como "saubhapura" (Vana-parna 14; 15-22)

- Quando ele desapareceu do campo visual dos mortais, elevando-se muito alto no céu, distinguiu milhares de veículos aéreos estranhos (Vana-Parna 42; 30-34)

- Ele, o predilecto de Indra, entrou no palácio divino e viu milhares de veículos voadores para os deuses, uns postos de lado, outros em movimento (Vana-Parna 43; 7-12)

- Os grupos de Marut chegaram em veículos aéreos divinos, e Matali, depois de ter falado desta maneira, levou-me (Arjuna) na sua carruagem voadora e mostrou-me os outros veículos aéreos (Vana-Parna 168; 10-11)

- Do mesmo modo, os homens movem-se pelo céu em veículos aéreos que eles próprios decoram com cisnes e são tão cómodos como palácios (Vana-parna 200; 52-56)

- Os deuses aparecem nos seus veículos voadores para presenciar o combate entre Kripacarya e Arjuna. O próprio Indra, senhor do céu, chegou com um objecto voador especial que podia levar trinta e três seres divinos (Vana-Parna 274; 15-17)

Mas as escrituras vão muito mais longe, não se ficando pela descrição de veículos voadores mas também de cidades no espaço. No capítulo 3 do Sabhaparvan, um texto que faz parte do Mahabharata, é dito que Maya, aquele que era considerado como o arquitecto dos Asuras, projectou um salão nobre feito de ouro, prata e outros metais que foi enviado para o céu com 8000 tripulantes. Faz-se referência, igualmente, à cidade de Kuvera que era considerada como a mais bela da galáxia, medindo, depois de se converter para as medidas de hoje, cerca de 550 por 800 quilómetros; refere-se que esta estava suspensa no ar, repleta de inúmeros edifícios com reflexos dourados. Nesse mesmo texto é dito que os seres divinos viviam em enormes cidades no espaço de onde saíam vários veículos de formas diversas. Uma dessas cidades, de nome Hiranyapura, girava sobre o seu eixo. Fora construída por Brama, possuindo armas horríveis, desconhecidas dos humanos. No quinto livro do Mahabharata existe um relato curioso a respeito dessas armas:

"Abrasado pela incandescência da arma, o mundo retorceu-se e serpenteou. Os elefantes crestaram e caminharam cambaleantes... a água ferveu, todos os peixes morreram... as árvores desfaleceram umas atrás das outras... cavalos e carros arderam... ofereceu-se um panorama estremecedor... os cadáveres tinham ficado mutilados pelo calor horrendo, pareciam nunca ter sido seres humanos. Nunca houve arma tão horripilante! Nunca acreditámos que pudesse existir semelhante arma!".

Uma outra lenda indiana diz-nos o seguinte:

"Assim, o rei alojou-se no carro celeste juntamente com o pessoal do harém, as suas mulheres, os seus dignatários e um grupo de cada estamento de cidadãos. Alcançaram os confins do firmamento e por fim seguiram a rota do vento. O carro celeste circunvoou a Terra sobrevoou os oceanos e depois seguiu caminho para a cidade de Avantis, onde precisamente decorria uma festa. Depois de breve interrupção, o rei retomou a viagem perante o olhar de inúmeros espectadores que admiravam o carro celeste".


Esta lenda introduz-nos algo de novo. O veículo pertencia a um rei e não a um deus, ou seja, era tripulado por seres humanos e não por extraterrestres. Se tomarmos a lenda da Atlântida, que sempre foi considerada como um lugar onde a humanidade possuía uma tecnologia avançada, e também os relatos feitos nos Vedas e noutros livros, poderemos concluir que esses veículos não eram apenas usados por deuses, fossem eles extraterrestres ou intraterrenos, mas também por uma certa hierarquia dentro das várias comunidades humanas, embora em toda a literatura sânscrita se faça questão de frisar que a técnica de construção dos objectos voadores era de origem exclusivamente divina. 

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Crónicas Semanais no Blog Nemo Dolphin

MUNDOS SUBTERRÂNEOS (Cont.)

Feita a introdução a este assunto sobre os mundos subterrâneos, depois de a ter enquadrado em várias lendas e testemunhos sobre o mesmo, deixem-me agora falar-vos um pouco da história desse povo que vive no interior da terra. Uma história que começa exactamente no fim do segundo ciclo da humanidade acerca de setenta milhões de anos atrás. Por essa altura foi criada a terceira raça da humanidade actual, a primeira raça física chamada de raça Lemuriana. Aos poucos, numa sucessão de milhões de anos, essa raça desenvolveu uma civilização muito avançada em termos tecnológicos. No entanto, muitas advertências foram dadas pelos seres que criaram a nova raça, pois estavam a seguir caminhos perigosos ao usarem a energia nuclear como o sustentáculo de toda a sua civilização. Mas aquele povo, seguro de tudo aquilo que tinham alcançado, não deu ouvidos a essas advertências, acabando por ignorar tais conselhos. Desenvolveram uma civilização que assentava exclusivamente nessa energia, vivendo acomodados às virtudes e benesses de uma tecnologia que tudo lhes dava, tal como um filho, que ainda criança vive acomodado ao conforto e à protecção dos pais. Esta permitia-lhes fazer quase tudo; poucos eram os segredos para eles. Mas chegou um dia em que toda aquela tecnologia se desmoronou. Num período curto de tempo, o teor radioactivo da atmosfera subiu, paralisando por completo aquele monstro tecnológico. Viram-se assim perdidos tal como uma criança que se perde dos seus pais. Não tinham progredido como raça, acomodando-se às virtudes da sua civilização mecanizada que agora falhava deixando-os completamente indefesos. Tiveram então que deixar as cidades fugindo para as florestas e mais tarde, quando o teor radioactivo aumentou no planeta, para o interior da Terra. Os mais sábios, ignorados durante o período que precedera a catástrofe, começaram a relatar por escrito as histórias daquele povo, os perigos de uma tecnologia demasiado avançada sem a consequente compensação espiritual. Seria um aviso para as gerações futuras, uma forma de evitar que os mesmos erros fossem cometidos no futuro. Nesses mundos subterrâneos tiveram a oportunidade de começar de novo, construindo uma nova civilização. Durante gerações ignoraram a existência de um mundo na superfície que era lembrado apenas sobre a forma de lendas e mitos, e assim viveram no interior da Terra. Séculos depois, após uma evolução lenta mas segura, encontraram-se diante do mesmo dilema dos seus antepassados. Ao descobrirem alguns dos segredos do átomo puderam compreender os avisos deixados pelos sábios do passado em livros para eles até então enigmáticos. Avisos, esses, que não foram ignorados. Optaram pela energia magnética que logo abandonaram por terem compreendido que campos magnéticos de intensidade elevada produziam alterações físicas nos objectos e nos seres. E foi então que se deu a grande descoberta. A energia Ono-Zone proveniente das estrelas que lhes chegava através de poços magnéticos. Com o domínio dessa energia, deram grandes passos rumo a uma perfeição não apenas tecnológica, mas acima de tudo espiritual. A própria energia trazia em si a harmonia do todo, pois era como se fosse um pedaço da omnipresença e omnisciência da consciência universal. Podia ao mesmo tempo destruir e criar, ferir e curar. Através de uma das subdivisões dessa energia, a energia Brill, entraram em zonas ainda mais profundas da Terra, desmaterializando a rocha à sua passagem, e assim construíram novas cidades permitindo que a civilização intraterrena pudesse crescer. Antes dessa descoberta, no entanto, muitos, motivados pelas histórias do passado, resolveram ir à procura do berço da sua civilização. Ao chegarem à superfície ficaram maravilhados com o brilho do sol, com o azul celeste do céu, com o perfume deixado pela vegetação colorida. A natureza tinha recuperado, não havendo mais sinais da contaminação radioactiva. Dos que partiram foram muito poucos aqueles que voltaram, mas estes trouxeram histórias de um paraíso na superfície que aguçou a curiosidade e a imaginação dos povos do interior da Terra que de imediato se predispuseram a partir rumo a esse lugar. Os governantes dos mundos intraterrenos tiveram então que tomar uma decisão firme: proibir a partida para evitar que um dia chegassem à degeneração de outros tempos. Colocaram um prazo para a volta daqueles que já tinham partido. Findo esse prazo, as portas dos mundos intraterrenos seriam fechadas para sempre. E assim a unidade dos povos do interior da Terra foi salva de uma debandada geral que poderia pôr em causa tudo aquilo que tinham conseguido construir. Na superfície evoluiu uma humanidade paralela que com o tempo esqueceu a sua origem, dando expressão à raça Atlante, e assim foram quebrados os laços entre esses dois mundos que nunca mais se encontraram. Logo depois que os povos intraterrenos descobriram a energia Ono-Zone, um novo passo foi dado na sua crescente espiritualização quando os seres extraterrestres se deram a conhecer. Passaram, a partir de então, a acompanhar os seus irmãos da superfície, voando pelos céus do mundo como tutores da nossa raça, tendo alcançado o patamar de perfeição para o qual nós ainda caminhamos.

Sei que para os mais cépticos isto que vos contei não passa de uma história, e assim deve ser vista. Aos mais crédulos, por sua vez, digo para não aceitarem esta história como verdadeira. Todo o conhecimento tem que ser trabalhado em nós próprios, numa construção que nos leve à compreensão do mundo pelos nossos olhos e não pelos olhos de terceiros. O contrário disso seria hipotecar a nossa inteligência e a liberdade que temos de trilhar os nossos próprios caminhos. A história que contei é apenas o barro em bruto que cada um deverá moldar pelo seu próprio empenho; as ferramentas para uma introspecção que nos permita compreender tais assuntos em nós próprios. Devem, por isso mesmo, caso o assunto vos interesse, procurar outras fontes para que tenham uma visão mais alargada sobre o tema, e só depois deverão tirar as vossas conclusões sem nenhum tipo de preconceito que vos condicione nessa mesma procura.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Mensagem de Bom Ano

A cada dia da nossa vida, aprendemos com nossos erros e nossos sucessos, mas o importante é saber que todos os dias vivemos algo novo. Que o novo ano que se inicia, possamos viver intensamente cada momento com muita Paz e Harmonia, pois o presente é isso mesmo, Um Presente, e cada instante deve ser vivido como o último... BOM ANO 2011

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Crónicas Semanais no Blog Nemo Dolphin

MUNDOS SUBTERRÂNEOS

Começando com este texto, irei iniciar uma série de textos sobre assuntos de difícil aceitação o que poderá trazer algum descrédito da vossa parte para com tudo aquilo que irei abordar. Creio, no entanto, que seja importante falar desses assuntos, já que ao longo dos próximos anos irão ser confrontados com eles de uma forma sistemática. Muitas dessas realidades, ou supostas realidades, pois nada vos quero impor, abordam temas estranhos. O que serão, afinal, mundos subterrâneos perguntarão? Sobre tal assunto têm muito poucas referências, grande parte delas vindas de livros de ficção, como "A Viagem ao Centro da Terra" de Júlio Verne, ou de uma forma mais elaborada, "A Raça Futura" de Bulwer Lytton, ambos os livros escritos no século passado. O primeiro aborda de uma forma ligeira a expedição feita ao interior da terra, e o segundo, de uma forma mais elaborada, descreve a existência de uma civilização evoluída algures no interior do planeta; uma história, aliás, muito ao estilo de outras como a "República" de Platão, a "Utopia" de Thomas Morus e a "Nova Atlântida" de Bacon. Mas poderão esses mundos intraterrenos ser mais que uma simples história de ficção? É exactamente esse o tema que vos trago neste texto. Procurar compreender até que ponto a existência de uma civilização no interior da terra poderá ser real.

Vamos então percorrer algumas culturas do passado e do presente para tentar encontrar referências a esses mundos subterrâneos; olhar para as lendas e procurar compreender o que nos poderão elas relatar por detrás dos seus adornos. E podemos começar pela mitologia Grega que nos apresenta esse lugar subterrâneo como algo de sombrio e macabro; um lugar reservado a todos aqueles que ousavam enfrentar os deuses do Olimpo, contrapondo com os Campos Elísios onde eram acolhidos os bons. Para essas moradas subterrâneas, as terras escuras e abissais da noite, como sempre foram referidas, e cujo nome era Tártaro, eram enviadas todas as deidades que desobedeciam às ordens e aos mandatos do poderoso Zeus, os titãs que ousavam enfrentar o Deus supremo e todos aqueles que praticavam as mais variadas iniquidades. Era um lugar guardado por um cão de três cabeças chamado Cerbero que o jovem Orfeu conseguiu persuadir com a música da sua lira, penetrando nos escuros domínios de Hades/Plutão onde foi resgatar a sua amada Eurídice. Mas esta tradição, a de um lugar maléfico no interior da terra, não está confinada à mitologia grega e romana, mas encontra-se espalhada pelo mundo. Para os Celtas, por exemplo, esse lugar pertencia ao Deus Mider que era representado com um arco que este utilizava para seleccionar as suas vítimas que tanto podiam ser heróis como simples mortais. Na mitologia chinesa, por outro lado, esse mundo subterrâneo era formado por cidades e palácios, sendo um desses palácios pertencentes ao Rei Yama, aquele que decidia, após um longo interrogatório, quais eram as almas justas e as pecadoras. Esta insistência em colocar o inferno no interior da terra, poderá ter como origem as superstições criadas a partir da violência dos fenómenos naturais, pois o que poderiam ser os terramotos e os vulcões se não a força colérica de uma entidade má. No entanto, nem todos os povos vêem esses mundos interiores como um lugar maléfico. Para os Incas, por exemplo, o mundo encontrava-se dividido em três planos, sendo o primeiro reservado aos Deuses, o segundo aos humanos, animais e plantas, e o terceiro, o mundo interior, chamado Ucu Pacha, reservado aos mortos. Todos os planos estavam ligados por vias que davam acesso a cada um dos mundos. Do mundo interior podia-se aceder ao mundo da superfície por condutas naturais que ligavam os dois lugares e pelas quais brotavam as águas da terra. Reza a lenda que foi através dessas condutas subterrâneas que chegaram os fundadores do império Inca, Manco Capac e Mama Ocllo, liderando uma humanidade que agora já podia dirigir-se aos mundos superiores onde residiam os Deuses. Temos assim um mundo subterrâneo, não como um lugar maléfico, mas como o lugar de onde veio a humanidade, algo concordante com uma lenda dos índios Hopis que nos diz:

"Nós soubemos que, no início, o Grande Espírito distribuiu espigas de milho entre o povo, que tinha acabado de emergir neste novo mundo, vindo dos formigueiros subterrâneos, onde tinha sido protegido durante a destruição do terceiro mundo e enquanto os pólos mudavam de lugar(...)"

Outra referência a esses mundos é-nos dada por um monge tibetano de nome Djwhal Khul e cujo testemunho foi incluído no livro "Tratado sobre fogo cósmico" de Alice A. Bailey e que diz o seguinte a esse respeito:

"Encontra-se, nas profundezas da Terra, uma evolução de natureza peculiar, bastante semelhante à humana. Apresentam corpos de um tipo grosseiro, que poderiam ser considerados como definitivamente físicos, na acepção em que entendemos esse termo. Vivem em colónias, ou grupos, sob uma forma de governo adequado às suas necessidades, nas cavernas centrais, localizadas muitas milhas abaixo da crosta da Terra."

Outra crença, esta muito particular, é da cidade sagrada de Shambhala, situada, segundo as tradições do budismo Tibetano, por baixo do grande Himalaia. Para eles, Shambhala é um oásis de cultura Cósmica que serve de guia à humanidade, onde vivem espíritos esclarecidos e iluminados. É um lugar onde se encontram os seres que atingiram uma dimensão superior. Seres que aprenderam a falar a linguagem do Universo, e que por isso mesmo, estão em sintonia com este. Deixo-vos algumas palavras que Andrew Thomas escreveu no seu livro "Shambhala":

"A irmandade de Shambhala é presidida por uma restrita hierarquia de seres superiores aos quais frequentemente se faz alusão sob o nome de Mahatmas, o que, em Sânscrito, significa, as grandes almas. São seres sobre-humanos, dotados de grandes poderes, que acabaram a sua evolução neste planeta, permanecendo com a humanidade para facilitar o seu progresso espiritual."

Temos agora algo completamente diferente. Não mais os lugares infernais onde viveriam as almas renegadas, mas um lugar de paz; um pequeno paraíso onde se encontrariam seres iluminados.

Mas as referências a esses mundos intraterrenos não se ficam pelas histórias de ficção ou pelas várias lendas e mitos, mas podemos encontrá-las, também, noutros lugares. Allan Kardec, por exemplo, publicou no seu Livro dos Médiuns o testemunho de um espírito que falou desses mundos, embora o texto, pela incompreensão que o mesmo suscitou no autor, tenha sido incluído na parte reservada aos apócrifos. Deixo-vos a mensagem para uma melhor compreensão daquilo que foi transmitido:

"(...)Do mundo, não se conhece mais do que uma pequena fracção e tendes irmãos que vivem em latitudes onde o homem ainda não chegou a penetrar. Que significam esses calores de torrar e esses frios mortais, que detêm os esforços dos mais ousados? Julgais, com simplicidade, haver chegado ao limite do vosso mundo, quando não podeis mais avançar com os insignificantes meios de que dispondes? Poderíeis então medir exactamente o vosso planeta? Não creiais isso. Há no vosso planeta mais lugares ignorados que lugares conhecidos. Porém, como é inútil que se propaguem ainda mais todas as vossas instituições más, todas as vossas leis más, acções e existências, há um limite que vos detém aqui e ali e que vos deterá até que tenhais de transportar as boas sementes que o vosso livre-arbítrio fez. Oh não! Não conheceis esse mundo, a que chamais Terra. Vereis na vossa existência um grande começo de provas desta comunicação. Eis que vai soar a hora em que haverá uma outra descoberta diferente da última que foi feita; eis que se vai alargar o círculo da vossa Terra conhecida e, quando toda a imprensa cantar esse Hosana em todas as línguas, vós, pobres filhos, que amais a Deus e que procurais sua voz, o tereis sabido antes daqueles mesmos que darão nome à nova Terra."

Vicente de Paulo.

Esta mensagem, que Kardec tomou como pertencendo a um espírito brincalhão, revela-nos exactamente isso mesmo: a existência de outros lugares neste planeta, lugares que o homem de hoje desconhece. Podemos pôr a hipótese da mensagem ter sido transmitida por um espírito imaturo, alguém que conhecendo essa realidade se precipitou na sua divulgação, já que era um conhecimento que não estava ao alcance das pessoas de então, ou, por outro lado, ter sido transmitido por um espírito evoluído, consciente daquilo que fazia, e cujo conteúdo funcionaria como uma semente que apenas mais tarde viria a germinar.

Num outro livro, de nome Miz Tli Tlan, o autor, Trigueirinho, apresenta-nos o relato de alguém que esteve nesse lugar subterrâneo e que o descreve nestes termos:

"Na cidade podem-se ver ruas pavimentadas com pedras semipreciosas semelhantes às ágatas e aos rubis, e fontes ornamentadas com ouro. Os edifícios são altos, e têm as cores das pedras que cobrem as ruas. Os jardins são amplos e cheios de flores que desconhecemos(...) Um cinturão verde rodeia a cidade. Há conjuntos de lagos, outros de bosques e, por último, áreas agrícolas. O sistema alimentar para os que vivem em corpos físicos é composto de vegetais. Os animais que existem são os necessários para o equilíbrio ecológico, além daqueles que trabalham e evoluem em cooperação com o homem(...) As crianças maiores e os adultos dedicam-se a tarefas de acordo com a sua idade e com os assuntos que concernem à vida de Miz Tli Tlan. Os mais velhos são os sábios, integrantes dos numerosos conselhos que existem segundo necessidades específicas (...)Nessa civilização superior, a vida em geral desenvolve-se na mais completa ordem; o sistema de transportes utiliza veículos redondos de quatro ou mais assentos, e as viagens são feitas pelo ar, a uns cinquenta centímetros do solo. Mesmo parados, os veículos mantêm-se a essa altura e podem ser conduzidos até mesmo por crianças. Todos se vestem conforme as suas idades e a situação que ocupam na hierarquia. Os mais velhos usam uma espécie de túnica de tela extremamente leve. Trazem no rosto uma expressão de paz e, em silêncio, parecem nem notar a presença dos visitantes. Há refeitórios nos quais todos compartilham do alimento, que é frugal e apetitoso. As mulheres dividem entre si os cuidados com os filhos, podendo, assim, manter a pontualidade às reuniões tanto religiosas quanto as dos conselhos. Tais conselhos existem para que a experiência dos mais velhos possa servir aos demais. O clima é controlado e vive-se suavemente. Em se tratando do plano físico, o ar entra por condutas. A luminosidade é provida com lâmpadas alimentadas por campos de energia que podem ter uma vida activa de mais de um milénio."

Estou de volta

Olá...
Tive mais de um ano sem postar aqui no blog mas estou de volta para continuar a partilhar ideias convosco.
O próximo tema é sobre mundos subterrâneos, um tema bastante contorvesso mas deveras interessante, pelo menos eu acho.
Já sabem que devem comentar para podermos partilhar ideias sobre o assunto.